O ozono (O3) troposférico é um poluente secundário, uma vez que não é emitido diretamente por nenhuma fonte, sendo formado pela reação das substâncias precursoras na presença de forte radiação solar. Trata-se de um poluente com forte poder oxidante que acelera a degradação dos materiais, promove a perda de produtividade da vegetação e o aumento da morbilidade e mortalidade da população exposta. Sendo um dos gases com efeito de estufa, contribui também para o aquecimento da troposfera.
Para reduzir a sua formação importa reduzir as emissões das substâncias percursoras que lhe dão origem.
Para estimar a sua formação a partir das emissões recorre-se ao potencial de formação de ozono troposférico, calculado pela soma do total de emissões de compostos orgânicos voláteis não metânicos (COVNM) e pelas emissões de óxidos de azoto (NOx) equivalentes (multiplicadas por um fator de conversão), o qual permite monitorizar a evolução das emissões agregadas de substâncias precursoras de ozono troposférico, por sector de atividade, e analisar a respetiva contribuição.
Para reduzir as concentrações de O3 troposférico os países da União Europeia e um conjunto mais vasto de países subscritores do Protocolo de Gotemburgo à Convenção sobre Poluição Atmosférica Transfronteira a Longa Distância (CLRTAP) tem assumido compromissos de redução das emissões desses poluentes entre os quais se destaca o compromisso de redução das emissões em Portugal a partir de 2030 face ao ano de referência de 2005, de 63% e 38% para NOx e COVNM, respetivamente.